Chão

Não falo em regresso porque não sei ao certo se algum dia chegou a existir uma partida..

..mas hoje pisei chão firme.

Sem chão

Sem tempo.
Mas sobretudo sem espaço.
Porque o tempo nada mais é do que a sucessão dos minutos
umas vezes mais fulminantes que outras,
mas, ainda assim, pouco mais é que o passar das horas.
Esse tempo que deixei de contar,
esses espaços que já não visito,
essas palavras que já não espero.
Hoje aprendo a gerir.
E sendo tudo uma questão de gestão das nossas rosas,
do tempo que dispensamos a cada uma delas,
mas sobretudo uma questão de atitude,
deixo-as hoje voar sem destino certo..
Não lhes corto as asas, muito menos as aprisionarei:
não as quero junto de mim. Assim.

E tal como elas rumarei, prosseguindo esta minha rota.
Por uns tempos? Para sempre?
Talvez até ter de volta o meu tempo, o meu espaço..
.. o meu Chão!



O Chão da Alma encontra-se em fase de retiro. Sem esse tempo e esse espaço por agora não faz sentido.
Quero agradecer a todos os que por aqui passam em busca de mais umas linhas, a quem passa na esperança de saber de mim e, sobretudo, a quem passa e consegue (realmente) ler nas entrelinhas: os cúmplices que decerto perceberão esta necessidede de abrandar um pouco.