Adeus 2008... Viva 2009!

Viramos esta noite mais uma página das nossas vidas.
Em 2008 ficam tristezas, rancores e pedacinhos de nós menos alegres enquanto projectamos a vida perfeita para 2009.
É sempre assim, todo o final de ano.
Como se o passar de ano, por si só, permitisse fechar verdadeiramente um ciclo que ficasse recalcado na memória e daí em diante pudessemos traçar uma vida nova.

Sim, mais uma vez tenho sonhos e projectos.
Mas não, não há assim tanta coisa a lamentar em 2008.

Hoje que espalho aqui os pedacinhos de 2008 que guardo no chão da minha alma sorrio. Mas sorrio muito! Guardo de 2008:
- Dança! O casting, projecto, ensaios-gerais, cada pedaçço de chão onde dancei, colegas, alunas, crianças dos jardins de infância (e aqueles sorrisos meigos e desdentados)
- Itália! Linda, linda..
- BodyCombat (cursinho de instrutora done)
- Borboletas..


Não quero um 2009 fora de série.. quero só que seja tão bom quanto foi 2008! :)

FELIZ ANO NOVO!

"Será, Então, Não..." por Rafael Paim

"Será que é mesmo assim essa história de fazer o que nos agrada?

Então e parte de fazer o que esperam que a gente faça?! E não fazer o que parece mal? E ainda não fazer por falta de coragem!?

Não será natural as pessoas fazerem o que acham normal e menos complicado?! Não alterar as coisas que tomam como certas e garantidas e as quais pensam que tem algum domínio!?

Será que arriscamos anos de tranquilidade e certezas por momentos de nervosismo e incertezas??? Será que mentir para nos é tão fácil como mentir para os outros?!

Então e o que podemos deixar de viver? E os finais que vamos perder, apenas porque o princípio parece difícil e doloroso?!

Não será sobreviver deixar de viver tudo?! E porque parece capricho e não uma decisão ponderada e reflectida!?

Será que é mesmo assim essa história de fazer o que nos ensinam?"


Publico hoje este post escrito pelo Rafael Paim no blog Filosofia Barata. Porque eu própria não o transporia melhor em palavras, este tema tão espelho de e em mim. Leiam, releiam e reflictam...

Um resto do tempo quente

Há uma réstia de calor neste quarto
(suspeito ser breve e fugaz).
Julgo tê-la sentido entrar com vocês que me alentam
e penso tê-la feito ficar por nós, imortais.
Aos poucos percebi que é chama que arde sem se ver,
mas que se sente tanto, tanto!
Junto a ela sinto-me 'estúpida', tola, criança..
sinto o sorriso a rasgar-se aos poucos, por tudo e por nada
e é tão perfeito assim.
Fecho os olhos e volto a senti-Las..

Vivo

Vivo em constante rodopio, perdida no sono e tão certa de mim
Vivo na memória dos que não me esquecem
e até mesmo escondida na daqueles que julgam ter-me adormecida.
Vivo também em mim, comandada por sonhos e ambições
Vivo em nós, na incerteza da segunda pessoa.
Vivo sobretudo no chão de um sonho e nas pegadas daquele rumo,
no calor daquela casa e no sorriso aberto naquele espelho.
Deixei de me querer encontrar:
porque sei onde fiquei.

Viagem no tempo

Viajo no tempo à velocidade da luz
como quem vai e volta sem sair do mesmo sítio.
Por vezes vou e regresso num compasso do tempo.
Por vezes vou e fico.
Demoro.

Paro no tempo numa mesa, num café,
num passeio ou até mesmo num túnel.
Demoro porque quero, porque recordo.
E demoro sem pressa de voltar a acender a luz
porque demoro no sorriso.. debaixo do sol.

Rascunho

Arrisquei remexer nas folhas secas no chão
e debaixo delas tracei a lápis um novo rumo.
A tracejado e inconstante, pé ante pé julguei passá-lo a limpo.
Trouxe cores novas, mudei as cores ao céu!
Mas pelo canto do olho vejo tanto, tanta coisa.
Escorrego nesta sombra tão presente.
Sinto, passo, ando e corro.
Volto lá, voltamos a sorrir
volto ao silêncio feliz e ao compasso tranquilo rumo a casa.