Maresia em tempo de festa

Balanço e agito o meu mar à volta.
Sustenho a respiração e mudo-lhe a cor.
Olho à volta e sigo em frente,
mesmo sem saber se tenho força suficiente para a remada.
Lá atrás oiço o eco do que ficou,
sinto as ondas que ficaram por apanhar.
Sei o que fui, sei o chão que pisei,
e sei hoje, sobretudo, o mar em que quero navegar.

Quero que as ondas se tomem por calmaria
quero um infinito de certezas, um misto de cumplicidade e respeito.
Quero calma, quero um sorriso e um "parece-me bem".
Quero o infinito e mais além.

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