Ao ritmo do piano

Ao ritmo do som mais puro sinto o meu ritmo acalmar.
Paro, viajo, perco-me. E de repente acordo noutro lugar.
A realidade que me cruza passa a ser outra: a realidade que não estou a viver
a realidade que fui construindo com os tijolos que me davam, algures num tempo perdido.
Ele continua calmo, mas a quebra traz-me de volta: bato palmas.
Volto a esta realidade tão minha, tão precisa
tão distante, mas tão viva, tão livre. Esta realidade que me cura.
Há momentos que nos marcam e viciam, que nos fazem querer voltar no dia seguinte.
Quisera eu conseguir transpor em palavras estas melodias que hoje me abraçam.
Quisera que cada uma delas te desse a mão enquanto explica os meus porquês,
enquanto conta a minha história.
Limito-me a abrir-lhes os braços, a respirá-las, como se o amanhã não mo permitisse.



Novamente ao som do piano no Atrium Saldanha.
Todos os dias a partir das 17h.
[Saudades..]

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