Corre a melodia
enquanto no banco frio o corpo pende
e a alma, já velha e cansada, flutua.
Quem passa desvia o olhar,
quem chega pára para escutar
quem está,
simplesmente fica mais um pouco.
As mãos ágeis e sábias levam-me daqui
Arrepiam. Trazem paz.
Por vezes chego a pensar que o piano chora a minha alma.
Mas é tão bom ouvi-lo, por entre passos e conversas de café.
Um dia serão as minhas mãos a regressar a ele
e a transpor, igualmente, a felicidade que sinto ao ouvi-lo
Hoje, amanhã,
e todos os dias em que estiver nesta Lisboa (já) tão minha.
@ Escrito ao som do piano no Atrium Saldanha.
Para quem desconhece, fica a informação: todos os dias a partir das 17h existe um pianista diferente que encanta quem por la passa, ou quem por lá fica.. como eu.
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3 comentários:
Lindo!
um dia, em que o tempo (e a vida) nao me façam ter pressa, passarei por la (=
*
Lembrei-me, fizeste-me lembrar do Velho da Mafalda!
Como sou do norte, e vivo cá... não tenho tal conhecimento da existência, nem tão pouco a possibilidade de desfrutar de tal melodias. Ao contrário deste teu espaço, em que escreves tão bem e sabe bem voltar cá várias vezes, para te ler!
Sorte a tua que podes ter esse "lugar"... sorte de quem ouve esses pianistas...
Parece que te faz bem á alma, que te dá de novo um chão. Continua a estudar lá, faz-te bem e tudo o que te faz bem faz me feliz.
bjinhu
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